Neste Blogger, pretendo dar a conhecer alguns aspectos do folclore de Baixo-Minho centrando-me no concelho de Vila Verde-Braga. Fundamentando-me na revista comemorativa dos 25 anos do Grupo Folclórico de Vila Verde, onde estão os texto que aqui vou apresentar.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Traje da Ribeira (Lavradeira ou Romaria ou variante de trabalho)

Mulher:

-Cachené  atado na cabeça;
-Colete, com ou sem rabos, de fazenda preta, guarnecido a carreira de vidrilhos, etc., ou colete em linho bordado a gosto (influência de concelhos limítrofes da parte sudueste do distrito de Braga);
-Lenço ou xaile de merino, cobrindo o busto;
-Camisa de linho fino bordada, com folhos (Ribeira) ou lisa, de linho grosseiro, sem folhos (trabalho).
-Avental preto de veludo ou setim (Ribeira) ou mais grosseiro, resistente, tecido nos teares manuais (trabalho);

Traje de Encosta (festa ou variante de noiva)


Mulher:


-Lenço de ceda natural (festa) ou véu de filó ou tule de algodão (noiva;)
-Casaca ou jaqueta preta com folhos, guarnecida a vidrilhos, galões, penas, peles de coelho em preto, setins, etc.;
-Lenço de pedido colocado na anca direita, com frases ou quadras de amor alusivas ao amor nele bordadas;
-Lenço ou xaile de merino na cinta, de cor diversa, sobressaindo-se dele a ponta em bico e as pontas do nó;

-Saia e avental pretos, guarnecidos a vidrilhos, barras de veludo preto, setins, galões, penas, peles de coelho em preto, setins, etc.;
-Chinelos totalmente pretos ou pespontados a branco ou a vermelho.
-Meias brancas rendadas;
-Brincos à rainha -- os mais usuais--, argolas, meias libras e mais ouro (cordões, etc.)

sábado, 20 de dezembro de 2014

Cancioneiro de Vila Verde - Braga - "Ó linho, ó linho"

Refrão (2x)
Ó linho, ó linho ó meu amorzinho vem ver o linhar,
Beleza do linho, amor e carinho, toalha de altar.

Nossa Senhora tem linho
Quem tem linho tem linhaça
Os anjos do céu me levem
Na sua divina graça.

Este linho é mourisco
A fita dele namora,
Quem aqui não tem amores 
Tire o chapéu vá-se embora.

Meninas da outra banda
Já não sabem fiar linho
Andam de caixa em caixa
A ver se a malga tem vinho.

Casai-me, meu pai, casai-me
Que eu já sei fiar na roca:
Cada dia fio um fio
Cada ano uma maçoroca.

Minha roquinha de cana
Tinha Linho assedado
Para fazer umas calças
Ao meu amor que é soldado.

Quem me dera ser o linho 
Que vós na roca fiais, 
Quem me dera tantos beijos
Como vós no linho dais.

Talvez um dia este linho
Tecido no teu tear
Seja camisa de noivo
Com que hajas de me dotar.

Cancioneiro de Vila Verde - Braga - "josezito"

Josezito já te tinha dito q'eras não bonito andas-me a enganar.
Josezito já te tinha dito q'eras tão bonito andas-me a enganar.

Ai chora josezito chora que eu me vou embora para não voltar.
Ai chora josezito chora que eu me vou embora para não voltar.

Cancioneiro de Vila Verde - Braga - "Chora Olivia"

Quando eu assentei praça,
Chora Olivia chora,
No oito da infantaria,
Chora Olivia que vou-me embora.
Cortaram-me os meus Cabelos,
Chora Olivia chora,
Lá foi a minha alegria,
Chora Olivia que vou-me embora.

Aquele navio novo,
Chora Olivia chora,
Jura que me há-de levar,
Chora Olivia que vou-me embora.
Eu juro que não hei-de ir,
Chora Olivia chora,
Passar as ondas do mar,
Chora Olivia que vou-me embora.



Cancioneiro de Vila Verde - Braga - "De onde vens Maria "

De onde vens Maria por esse caminho, 
Venho do ribeiro de lavar o linho,
Venho do ribeiro de lavar o linho.

Refrão (2x):
Veste Maria ó ai,
Saia de linho ó ai,
Que rico pano ó ai, 
Todo branquinho.


Cancioneiro de Vila Verde - Braga - "Estrada nova" Tradicional de Aboim da Nóbrega

Estrada nova, estrada nova,
Estrada nova em redor,
Naquela estradinha nova
Só passeia o meu amor.

Só passeia o meu amor,
Só passeia o meu bem,
Naquela estradinha nova 
Não passeia mais ninguém.